A inflação é geralmente vista com algo ruim, pois eleva os preços dos alimentos, da gasolina e dos aluguéis, etc.
Muitos países lutam para reduzir a inflação, principalmente os países da América Latina.
A inflação anual no Brasil foi de 11,3%; no Chile, de 7,8%, na Colômbia, de 8,1%, na Argentina, 52,3% e a Venezuela registrou 340,4%.
Ao contrário do resto do mundo, o Japão implementou diversas medidas econômicas para aumentar sua inflação, mas, sem sucesso.
A meta do banco central do Japão é conseguir uma inflação em torno de 2%. Recentemente, houve um aumento dos preços ao consumidor de 0,9% em fevereiro.
Por que a inflação pode ser benéfica?
De acordo com a Ulrike Schaede (Professora de Negócios Japoneses na Escola de Política e Estratégia Global da Universidade da Califórnia), níveis baixos de inflação ajudam o crescimento de uma economia.
Ela citou que o baixo crescimento da econômico Japão é consequência da deflação (fenômeno econômico em que os preços de produtos e serviços diminuem). Dessa forma, sem inflação, é difícil para uma economia crescer.
Falta de consumo
Quando o consumidor percebe que os preços dos produtos ficarão mais caro, provavelmente a decisão de compra se torna mais rápida.
Porém, se a perspectiva de preços é ficar mais barato, isso gera a deflação, e faz o consumidor adiar o consumo de produtos.
Em consequência disso,as empresas não consegue reajustar seus preços e melhorar suas margens de lucro. Como resultado, os salários ficam estagnados.
Observa-se que após décadas de deflação, os japoneses são relutantes em consumir a preços mais altos.
Pouca inflação é bom ou ruim para o Japão?
Em princípio, é bom para economia, se a inflação for gerada por uma forte demanda.
A recente inflação japonesa é causada por fatores externos, além de custos mais altos de mão de obra e logística.
A expectativa do Japão é que esse pequeno aumento na inflação possa ajudar a impulsionar um maior crescimento econômico.
Fonte: BBC