Empobrecimento do Japão faz mais pessoas se vitimizarem

A crescente insatisfação na sociedade japonesa, atribuídas à percepção de que o país se tornou economicamente mais fraco ao longo das últimas três décadas.

Após um período de crescimento econômico significativo, o Japão experimentou um crescimento quase nulo por cerca de 30 anos desde o estouro da bolha econômica nos anos 1990.

Esse declínio econômico resultou em uma queda significativa no rendimento da classe média, que é amplamente definida como o grupo de renda média, representando cerca de 60% a 70% do total de famílias japonesas.

De acordo com dados do Gabinete Japonês, o rendimento médio da classe média foi de 5,05 milhões de ienes em 1994, mas diminuiu para 3,74 milhões de ienes em 2019, uma redução de cerca de 1,3 milhão de ienes em 25 anos.

Esse declínio no rendimento é atribuído a uma “espiral negativa”, na qual as empresas não conseguem aumentar os lucros, o que leva a salários estagnados e a uma queda no consumo.

A pandemia de coronavírus agravou a situação, levando ao fechamento de empresas e ao desemprego, o que reduziu drasticamente a renda de muitos.

Além disso, eventos como a invasão russa da Ucrânia e a desvalorização do iene aumentaram os preços da energia, gás, gasolina e alimentos, reduzindo ainda mais os rendimentos reais.

A crescente frustração e raiva na sociedade japonesa levam a comportamentos de agressão passiva e ressentimento, especialmente entre aqueles que se sentem vítimas da situação.

A busca por “justiça” para aqueles que sentem que sofreram injustiças pode levar a atitudes egoístas e narcisistas, onde as pessoas se sentem justificadas em agir em seu próprio interesse, mesmo que isso signifique prejudicar os outros.

Fonte: Yahoo News

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