O Japão executou nesta terça-feira (26/07/2022) Tomohiro Kato, autor do “massacre de Akihabara”.
Ele foi preso em 2008 pelo Massacre de Akihabara, que ocorreu no distrito de Chiyoda Akihabara, Tokyo, no dia 8 de junho de 2008 fez 7 vítimas fatais.
Às 12h30, ele atingiu uma multidão com seu caminhão de 2 toneladas, atropelando 5 pessoas.
Então, ele saiu do veículo e esfaqueou aleatoriamente 12 pessoas com uma faca, e morreram sete pessoas.
Logo depois do ataque, a polícia prendeu Tomohiro Kato, de 25 anos, em uma rua próxima ao local, por tentativa de assassinato.
Kato disse à polícia: “Eu vim para Akihabara para matar pessoas. Não importa quem eu mataria”.
O ministro da Justiça, Yoshihisa Furukawa, disse que Tomohiro Kato, agora com 39 anos, realizou “uma preparação meticulosa” para o ataque e demonstrou uma “forte intenção de matar”.
A polícia disse que ele postou seu plano de matança na internet, através de um celular e reclamando de seu emprego instável e sua solidão.
Sua irá contra as pessoas só aumentou após seu plano de matar, não teve nenhuma reação ou comentários na internet, disseram os promotores.
Durante o processo, o advogado de Kato disse que ele não deveria sofrer a pena de morte, pois estava em estado de insanidade mental no momento do incidente devido ao estresse psicológico grave.
Mas em março de 2011, o Tribunal Distrital de Tóquio o condenou à morte, afirmando que ele poderia ser considerado totalmente responsável.
O Japão é um dos poucos países desenvolvidos a manter a pena de morte, apesar das críticas internacionais, o apoio da opinião pública à pena de morte ainda continua alto.
No Japão, as execuções são por enforcamento, há mais de 100 pessoas no corredor da morte.
Grupos internacionais denunciaram o sistema japonês, sob o qual os presos no corredor da morte podem esperar por suas execuções por muitos anos em confinamento solitário e só são informados de sua morte iminente algumas horas antes.
Em julho de 2018, o Japão executou seis membros do culto Aum Shinrikyo responsáveis pelo ataque sarin de 1995 em Tóquio e outros crimes.
Fonte: Japan Times